quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Preparação da 4a. Manif. Contra a venda da água e do esgoto.

FÓRUM DA CIDADANIA DE CASTILHO – F.C.C.

NÚCLEO PELA ÉTICA NA POLÍTICA DE CASTILHO – N.E.P.C.



Ofício 08/10

À Imprensa



Noticiando que o resultado da reunião com o prefeito Antônio Ribeiro e assessoria

foi a convocação de nova manifestação, na próxima segunda-feira,

dia 1º. de março, às 8h30, em frente à Câmara municipal,

para que as leis de venda da água e do esgoto sejam, enfim, derrubadas.





Vitória: os representantes da Administração municipal reconheceram que as leis em tela não contemplam todos os aspectos da questão. Isto é quanto basta para que tenha validade a nossa reivindicação fundamental, de revogação da venda dos serviços de água e esgoto.

O leitor perdoará a extensão, talvez exagerada, desta Nota à Imprensa. Informamos que, sem delongas, querendo-se saber qual foi o resultado da reunião, vá diretamente para o final desta mensagem, à sua seção sétima.





1.

Ficou flagrado, digamos, assumido, por parte do jurídico da Prefeitura, através do sr. Jamil Kassab, que há motivo para o povo falar em golpe, autoritarismo e imposição – sem que o mesmo pudesse justificar por que a Administração teve tamanha pressa, afobação e, sobretudo, por que procurou manter na sombra os referidos projetos de lei.

Não lhes deu a devida publicidade, não trouxe sequer para os Conselhos municipais correspondentes o debate. Não permitiu a participação da sociedade civil em assunto de vital importância para os domicílios e os estabelecimentos comerciais do meio urbano. Ao mesmo tempo, não apresentou um programa de regularização do abastecimento e irrigação do meio rural. Pelo contrário, não sabe o que acontecerá com a situação já precária dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária no município, uma vez que não voltem atrás na concessão de uso para empresa privada dos serviços de água e esgoto.





2.

Na letra da lei, em determinada passagem, descobriram que poderá haver uma tarifa social, concedida a certas localidades. Isto é, não está claro que seja extensível à toda a população de baixa-renda, nem a quais localidades.

Pior. Em termos legais, esse “poderá haver”, essa possibilidade, é vaga. Não é vinculante ou normativa para a abertura de licitação. Nosso ponto – insistimos – é que não foi colocada em primeiro plano na elaboração dos projetos de lei. Não fosse o povo manifestar-se...

Esse compromisso de tarifa social, remoto, paliativo, tardio, não nos basta de modo algum. Simplesmente, não há um estudo feito para determinar a abrangência e a magnitude desse benefício. Quantas pessoas? De quem estamos falando? Quantos litros d’água? Quais localidades e por quê? De quanto será a tarifa mínima? E a máxima?

Qual o critério? Qual a variação no tempo? São perguntas que a população tem de se fazer. Do lado das empresas a entrarem na licitação, a pergunta principal é: dada a necessidade de tarifa social, porque o município é rico, mas a população é pobre, qual a projeção de custos e de lucro – pensando na manutenção do serviço, no investimento na reforma da rede? Como se vê, a emenda acabou ficando pior que o soneto. Revogação das leis já!

Continuemos perguntando: com tarifa social, haverá condição para ser sanado o déficit do departamento de obras? Como abrir uma licitação transparente, com lisura no processo, ao mesmo tempo em que não se determinou qual será a contrapartida social da empresa? Houvesse, pra valer, essa vontade de tarifa social por parte da Prefeitura, já estaria escrito o decreto correspondente. A reboque do Movimento Social, vale aquele ditado popular: escreveu, não leu, o pau comeu. Por isso, insistimos: gestão participativa, desde o primeiro momento.

Embora o Prefeito tenha assumido, repetidas vezes, que não irá tomar atitude alguma que venha a prejudicar a população (o que gostamos de ouvir e, justamente, fundamenta-nos para insistir na imediata revogação das referidas leis), que empresa privada irá aceitar o acordo nesses termos? No entanto, já têm data para a segunda Audiência pública, relativa à licitação: cinco de março, às 9h, no CIEC. Da nossa parte, exigimos o cancelamento dessa audiência pública. Essa pressa, essa afobação, esse temor de trazer a público os termos do processo e esclarecê-los são suspeitos, indícios de corrupção.

Segunda audiência pública – já relativa à licitação! – se não estamos esclarecidos? Se a sociedade civil é contra? É mais um erro. Chega. Falemos claramente. Não se trata de erro. Olho no lance: depois dessa, só restará mais uma Audiência pública para que o executivo possa sancionar o que “o legislativo aprovou sem ler”. E, mesmo assim, não anulam aquela votação por quê?

Contudo, se alguns vereadores insistem em dizer que leram, sim, e concordam com o que está escrito (e, sobretudo, com o que não está previsto por aqueles Projetos de lei – aos quais faltam decretos e leis complementares, além de publicidade dos estudos e campanha civil de esclarecimento), então: trata-se, sim, de cogitarmos de um conluio entre o executivo e o legislativo municipal. De um acordo obscuro, de interesses escusos por trás, de mensalinho. E, escancarado aos céus, falta de sensibilidade social, empurrando goela abaixo do povo, autoritariamente, uma medida arquitetada nos bastidores que irá arrochar o orçamento familiar.

O sr. Prefeito afirmou, na imprensa local, que, de pronto, haverá aumento de 50% na conta de água. Então, para eles, 50% a mais na conta de água não é nada? Duvidamos, e muito, desse desprendimento material. Se fosse assim, eles, os do conluio, não fariam de tudo para impor, sob ameaça de corte do fornecimento do serviço (“o único jeito de acabar com a inadimplência”), 50% a mais em cada conta de água da cidade. Como se o único problema fosse o da inadimplência... não sabem eles dos pontos fantasmas de água? Que tem funcionário de primeiro escalão enchendo a piscina com água do município, do caminhão-pipa da Prefeitura?

O prefeito deu aquela declaração baseado no relatório da César Zoli Engenharia e Consultoria, anunciado ano passado, durante a primeira Audiência pública. A mesma Consultoria demonstrou que seria necessário que a conta de água quintuplicasse (mais ou menos), ao prazo de trinta anos, para acabar com o déficit do departamento de obras e concluir a reforma do sistema, a limpeza das galerias, a troca dos canos, o tratamento das caixas-d’água. Aí está nosso desacordo, que remete a uma questão de princípios.

Não concordamos que a população venha a pagar por isso, se o seu dinheiro confiscado pelos impostos é pra isso. A manobra da Prefeitura é a seguinte: desonerar-se de qualquer investimento no sistema e arrancar (de quem já não tem) os recursos necessários para reformar e fazer o sistema dar lucro. Falta de sensibilidade social ou crime? Eis um projeto de corte tipicamente neoliberal, privatizante, avançado no Brasil pelo PSDB (de quem, na gestão municipal anterior, Antonio Ribeiro (PTB) era vice).

A receita, importada dos Estados Unidos de Nixon (1971), é do conhecimento de todos: sucatear para, depois, privatizar. Privatizar, terceirizar, conceder o uso. Assim aconteceu com o sistema de saúde; com a telefonia; com a energia elétrica; com a previdência; com as ferrovias e as estradas. Com o amor, com a cultura, com você, comigo etc..





3.

Cabe, ainda, contestar a sugestão do Tribunal de Contas sobre o déficit no sistema, que a Prefeitura está tomando como um veredicto inapelável.

A Administração Municipal, em um dos seus Boletins Informativos, justificou o regime de concessão (para prestação do serviço público de abastecimento de água e esgoto sanitário) com a alegação de que o "Tribunal de Constas aperta o cerco contra a Prefeitura". Insinuava-se, com isso, que o Prefeito poderia ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, por renúncia de receita. Tal renúncia estaria caracterizada pelo déficit do setor de água e esgoto, da ordem de R$ 582 mil (quinhentos e oitenta e dois mil reais), causado pela inadimplência dos contribuintes. De passagem, digamos que é muito pouco, para um município que arrecada perto de R$ 40 milhões por ano.

Voltemos ao medo que tem o Prefeito de ir pra cadeia por causa do Tribunal de Contas. Ora, isto seria verdade se a Prefeitura não estivesse cumprindo a lei e deixando de adotar as medidas administrativas e judiciais para recebimento das dívidas dos inadimplentes. Como a Prefeitura – e isso nos foi dito pela assessoria jurídica – adota todas essas providências, não há que se falar em enquadramento do prefeito na Lei de Responsabilidade Fiscal. Da nossa parte, tomar as providências não é passar a concessão do serviço (o que ainda não foi feito...), mas iniciar uma ampla campanha civil pelo fim da inadimplência, de conscientização, pelo fim do desperdício d’água (que deveria ter começado ontem).

Portanto, a Administração Municipal, ao usar o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo como escudo para seus atos impopulares, deu um tiro no próprio pé!





4.

Passemos, agora, à inadimplência. O F.C.C. propôs anistia, publicamente, no ofício 06/10, encaminhado à Imprensa. A Administração aceitou a idéia. Em determinado momento da reunião, quis colocá-la como se a iniciativa tivesse partido da própria Administração, fingindo que têm sensibilidade social. Tá bom! Então... por que a lei correspondente não está escrita, sequer rascunhada? Simplesmente, não há o referido estudo, condicionante para sabermos quem virá a ter as dívidas perdoadas, nem de que modo (com prestação simbólica, parcelamento, campanha civil pelo fim da inadimplência etc), a fim de, sem arrochar a população, tirar o sistema do vermelho. Portanto: revogação das leis já!

Para que todos o saibam: essa idéia de anistia partiu de um cidadão simples, um homem médio brasileiro, sem dentes, sem o segundo grau completo, que mantém contato com o F.C.C.. Como está escrito na Bíblia, “a vitória vem pelo maior número de conselheiros” – e a gente queira, pra este município, o Orçamento Participativo.

O núcleo executivo do F.C.C. orgulha-se de muitas ações que tem feito. Não sabemos se nossa mobilização pela revogação das referidas leis chegará a bom resultado. Estamos fazendo de tudo pra isso. Mas, como o leitor há de perceber, nossa vitória foi relativa. Dentro da sala-de-reuniões do Paço municipal, o bom-senso popular e o advogado da Prefeitura travaram uma conversa demorada. E, nos termos legalistas do próprio advogado, o bom-senso popular venceu. Oxalá fosse isso suficiente. Entretanto, como o bom-senso popular sabe, não o será. Por isso: mais manifestação neles! O F.C.C. convoca: segunda, dia 1º. de março, em frente à Câmara municipal, traga o seu título de eleitor.





5.

Quando, na última segunda-feira, o Prefeito veio à frente do Paço anunciar que concordava em nos receber no dia seguinte, um cidadão pulou na nossa frente com guias de remédio em mãos. Um senhor, beirando os cinqüenta anos. Ele tinha, junto com as guias, umas fotocópias de leis do governo do estado, que atestavam que ele tinha direito àqueles remédios. Ou, dito de outra forma, que a Prefeitura tinha o dever de fornecê-los. Já havia apresentado aqueles papéis no Departamento de Saúde e no Fundo Social do município, sem resultado. Aliás, teria sido, ali, humilhado e escorraçado.

Estamos falando de remédios de uso contínuo, de alto-custo. A interrupção do tratamento, em termos populares, é um assassinato. Em termos oficialescos, é um homicídio doloso, ou, pra pegar leve, configura “omissão”. Como a Imprensa estava presente, mais do que depressa, o Prefeito puxou o senhor pra dentro do saguão e, a portas fechadas, os remédios prontamente lhe forem entregues.

Taí mais uma coisa de que o núcleo dirigente do F.C.C. orgulha-se, embora saiba que não resolve o problema pela raiz. E quanto aos outros cidadãos, outras cidadãs, que estão sem o seu remédio, por que a Farmácia municipal está burlando as determinações do SUS (Sistema Único de Saúde)? Por que o Fundo Social não assiste os munícipes, enquanto só pensa em festa e ostentação? Claro. A gente não pode querer que a sociedade mude do dia pra noite. Mas, aos poucos... o povo vai tomando consciência da força que tem. E que só essa força mudará a sociedade.

O inusitado do caso é que Antônio Ribeiro era médico de profissão antes de assumir o posto de Prefeito. Seria natural, digamos, seria simpático à imaginação do seu eleitorado que ele, uma vez no Paço municipal, desse atenção especial à saúde. Contudo, as maiores reclamações contra sua imagem partiram por “descaso”, justamente, com aquele setor. O município passou quase dois meses sem agentes de saúde, sem o PSF (Programa de Saúde da Família) no meio rural.

Não é forçoso reencontrar a questão da água, do abastecimento, do saneamento, no âmbito dos direitos humanos e da saúde. Será que lhe agrada a idéia de ser lembrado como o Prefeito que vendeu a água do município? Não terá planos de conseguir outro mandato? A depender dos acordos obscuros, da realização dos interesses escusos, dos montantes negociados deles, é claro que não.

Mas a pergunta, essa mesma pergunta, nós devemos fazer ao legislativo. Nobres vereadores, não enxergais que a cobiça daquele homem sepultou-vos a carreira política? Isto tem preço?





6.

Abramos um pouco mais o escopo. A gestão anterior, que teve à frente o sr. Johni Buzachero (PSDB), professor de educação-física, deteriorou as condições do esporte em Castilho. Restringiu certa liberdade dos cidadãos, de praticarem jogos nas várzeas, musculação a céu-aberto. Em troca, construiu ginásios cobertos, ligados às Associações de Bairro, novos campinhos, cercados e submetidos à chave de um zelador. Foi uma medida impopular, posto que as pessoas não os freqüentam. Por outro lado, de maneira espontânea, o ginásio do Centro firmou-se como um ponto-de-encontro dos jovens, dado o fator socializante do esporte. E muitas pessoas passaram a se exercitar pelas ruas, caminhando ou correndo, ao cair da tarde. Um gesto de desobediência civil, de civilização, típica do próprio liberalismo.

O sr. Luís Inácio Lula da Silva (PT), atual presidente da República, não pôde impedir que certos assessores seus, ex-sindicalistas, retirassem direitos trabalhistas e investissem o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) na bolsa-de-valores e, privadamente, lucrassem horrores com isso, com os fundos de pensão.

Entre psicanalistas lacanianos, haveria quem falasse de “retorno do significante”, até mesmo de “astúcia do significante”, supondo, talvez, uma certa vingança contra o mundo do trabalho, de onde o político profissional tenha sido egresso. Na minha opinião, a coisa é de explicação mais simples. Conhecendo os meandros do sindicalismo e das montadoras de automóveis, a ala conservadora do governo Lula encontrou-se com a faca e o queijo na mão. Os conhecimentos que já tinham, os seus e os do líder dos metalúrgicos do ABC, fizeram com que se voltassem contra a maioria dos trabalhadores do país, inescrupulosamente, uma vez que entraram em contato com os tecnocratas encastelados no Palácio do Planalto, com os seus tentáculos financistas em Nova Iorque, Londres e Pequim.

Da mesma maneira, conhecendo distribuidores e fornecedores, preços e demandas, agiu aqui a gestão Buzachero e vem agindo a gestão do “dr.” Antônio. Por isso, embora o edifício e o terreno do atual hospital de Castilho estejam condenados pela vigilância sanitária, a manobra poupa dinheiro do fundo público, que também responde pelo nome de orçamento municipal.

Enfim, o projeto neoliberal funda-se na apropriação privada do fundo público. Para maiores informações, consulte-se o livro de Francisco de Oliveira, Crítica à razão dualista & O ornitorrinco (Boitempo: 2003). Sobra mais dinheiro para cargos de comissão, para manutenção de aparelhos que não existem. Para alçar-se uma nova elite, estreita, invejosa e efêmera pária daquela elite que, tradicional e flexível como as tuias, não perdem as folhas no inverno.





7.

Nós propusemos para a Administração o seguinte:



- (1) revogação imediata das leis;

- (2) estudo de sustentabilidade do sistema, para que se possa apresentar a projeção de gastos e de investimentos necessários de pronto e ao longo dos anos;

- (3) igualmente, de quanto será a tarifa social;

- (4) quais serão os termos da anistia das dívidas;

- (5) ampla campanha civil para concreta participação da sociedade civil no assunto, com palestra nos Conselhos municipais, nas escolas, nas Associações (comerciais e de bairro), associada à campanha educativa pelo esperdício racional da água;

- (6) fiscalização do serviço municipal de água e esgoto, sob qual regime estiver, por um Conselho municipal soberano, responsável pela determinação dos preços executados, bem como das obras de reforma e ampliação, em que a sociedade civil tenha representação igual à do governo;

- (7) enfim, nova propositura das leis, entre os meses de agosto e setembro, desde que reescritas, conforme o debate validado e acumulado na esfera pública.



Acima de tudo, cabe a possibilidade de esquecer tudo isso, provado que, com uma parte do dinheiro que a CESP repassa ao município, o sistema de água e de esgoto pode ser reformado, sem onerar o contribuinte – posto que, até o presente momento, todas as justificativas da Prefeitura e da Câmara são falsas ou inconsistentes.

O jurídico da Prefeitura, através do sr. Jamil Kassab, anotou as propostas. O Prefeito Antônio Ribeiro concordou em pensar sobre elas.

De nossa parte, nós lhes damos como prazo a próxima segunda-feira, uma vez que DE MANEIRA NENHUMA ESPERAREMOS A SEGUNDA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA UMA RESPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO.

Mais uma vez, e quantas vezes mais forem necessárias, manifestação, na próxima segunda-feira (dia 1º. de março), às 8h30, em frente à Câmara municipal de Castilho.

Para mais informações, consultar o diário-eletrônico do F.C.C.: , ou pelo telefone (18) 9129 5228, com Chico.





Castilho, 24 de fevereiro de 2010.



Frente de Comunicação do F.C.C..






FÓRUM DA CIDADANIA DE CASTILHO – F.C.C.

ABRA – AMACASTILHO – AMST – CUT – ECONG – FERAESP – NALIP – NEPC – NLAR – NNY –NPEND – MST – SSPMC

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

3a. Manif. Contra a Venda da Água e do Esgoto

FÓRUM DA CIDADANIA DE CASTILHO – F.C.C.
NÚCLEO PELA ÉTICA NA POLÍTICA DE CASTILHO


Ofício 07/10
À Imprensa

Noticiando sobre a terceira manifestação contra
a venda dos serviços públicos de água e esgoto,
a ocorrer nesta terça-feira, dia 23 de fevereiro, às 15h,
na Praça da Matriz de Castilho,
enquanto representantes dos núcleos do F.C.C.
estarão reunidos com o prefeito sr. Antônio Carlos Ribeiro.


Como resultado da mobilização popular desta segunda-feira, dia 22 de fevereiro, o F.C.C. terá reunião amanhã, terça-feira, com o Sr. Antonio Carlos Ribeiro (PTB) e representantes do jurídico do executivo municipal, às 15h, no Paço.

O único ponto da pauta é a revogação das leis que venderam a água e o esgoto do município.

Enquanto acontece a reunião, o F.C.C. manterá a população mobilizada em frente à Prefeitura, na Praça da Matriz. E continuará a arrecadação de assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular, que estabelecerá a obrigatoriedade de Plebiscito para qualquer alteração no regime dos serviços públicos municipais.

Na manifestação desta segunda-feira, que contou com mais de 300 pessoas, os manifestantes simbolizaram o sepultamento das carreiras políticas de Antonio Ribeiro e dos sete vereadores que votaram a favor da venda da água e do esgoto. Às 8h30, concentramo-nos em frente à Câmara dos vereadores, onde começou o ato. Depois de rezar o Pai-Nosso e entrar com cruzes feitas de bambu dentro do Plenário da Câmara, a multidão seguiu em passeata até o Paço Municipal, pela avenida Getúlio Vargas.

Ali, o microfone foi aberto para a população expressar-se livremente, a exemplo da tribuna-livre, que não existe em Castilho, do Legislativo. Depois, a massa entrou no saguão da Prefeitura e reivindicou audiência com o Prefeito. Pressionado, concordou em firmar o compromisso, diante do Povo, da reunião de amanhã.

Por fim, as cruzes foram deixadas no Paço Municipal, enquanto os nomes dos trespassados traidores da vontade do povo ficaram registrados: Jailton Pereira de Souza (DEM); Flávio José do Nascimento (DEM); Nelson [Cacete] Pereira (PSL); José Borges (PSC); Valdenir [Nico] Bispo dos Santos (PTB); Sandro [do CD] César Nogueira (PTB); Sebastião dos Reis [Tião Japonês] (PP); Daniel Batista de Oliveira (PSL).

Para mais informações, consultar o diário-eletrônico do F.C.C.: www.forumdacidadaniadecastilho.blogspot.com, ou pelo telefone: (18) 9129 5228, com Chico.


Frente de comunicação do F.C.C.



ABRA – AMACASTILHO – AMST – CUT – ECONG – FERAESP – NALIP – NEPC – NLAR – NNY –NPEND – MST – SSPMC

2a. Manif. Contra venda da Água e do Esgoto.

FÓRUM DA CIDADANIA DE CASTILHO
NÚCLEO PELA ÉTICA NA POLÍTICA DE CASTILHO

Ofício 06/10
À Imprensa

Noticiando sobre a segunda manifestação contra a venda dos serviços públicos
de água e esgoto, a ocorrer segunda-feira, dia 22 de fevereiro


Na próxima segunda-feira, dia 22 de fevereiro, a partir das 8h30 manhã, a população de Castilho voltará à manifestar-se em frente à Câmara dos vereadores e da Prefeitura, para denunciar a manobra autoritária desfechada contra a ética, a transparência e a eficiência da máquina administrativa.

Dentre as funções do legislativo, como se sabe, está a de fiscalizar as ações do executivo. Entretanto, nós vimos a público denunciar que em Castilho está acontecendo um conluio.

1.
Na surdina, o executivo municipal, através do prefeito Antônio Carlos Ribeiro (PTB), enviou as propostas de privatização que a população tinha repudiado em Audiência Pública, em setembro de 2009. Mesmo assim, ele e seus assessores colocaram essa afronta em letra de projeto de lei. Ignoraram o resultado da enquête feita pela ECONG, na qual a cidade respondeu com um grande “não!” à essa medida desnecessária. E, na primeira sessão do ano de 2010, segunda-feira, dia 1º de fevereiro, a Câmara aprovou às pressas os três projetos de lei que (1) repassam, sob concessão de uso, o serviço de água e esgoto, para empresa privada, a ser licitada; (2) alteram as normas da prestação do serviço; e (3) cria a autarquia reguladora. Ao mesmo tempo, o prefeito divulgou que os serviços aumentariam, de imediato, no mínimo, 50%.

Os traidores: Jailton Pereira de Souza (DEM); Flávio José do Nascimento (DEM); Nelson [Cacete] Pereira (PSL); José Borges (PSC); Valdenir [Nico] Bispo dos Santos (PTB); Sandro [do CD] César Nogueira (PTB); Sebastião dos Reis [Tião Japonês] (PP). Essa traição tem preço?

Apenas o vereador Albecyr Pedro da Silva (PP) contrariou seu partido e ficou ao lado do povo. Votou contra a proposta. O sr. Daniel Batista de Oliveira (PSL), que, enquanto presidente da Câmara, tinha poder de sobra e conhecimento acumulado de quatro mandatos como vereador, não suspendeu a votação – já que a população deveria estar ciente do que se decidia ali. Se até pra forró na Praça eles fazem plebiscito, por que não pra privatização da água, que é de interesse vital dos cidadãos? O sr. Daniel poderia, pelo menos, ter orientado qualquer um de seus colegas a pedir vistas sobre o projeto de lei. Mas não...

2.
Para nós, sociedade civil organizada, a única atitude razoável é a revogação das leis ou a anulação da votação que as aprovou. Todo o resto, que a Assessoria de Imprensa da Prefeitura tem divulgado, não é convincente, porque são mentiras de perna-curta.

É uma idiotice justificar a “falência” do sistema de água e esgoto culpando quem não tem dinheiro pra pagar as suas contas em dia. A taxa de inadimplência é baixa, embora os volumes não computados sejam altos. Isto se explica porque os grandes inadimplentes do municípios são os ricos. A atual Administração, antes de cogitar em falar de incompetência, seja de seus quadros ou da gestão anterior, culpa e criminaliza os pobres. Esconde os números, falseia as alternativas, humilha os trabalhadores pobres e os desempregados. Em seguida, propõe que paguem mais do que já não o conseguem atualmente, estendendo à estreita classe média urbana o seu ônus, criando um ambiente dessolidário, violento, idiotizante, de humilhação social.

Para aumentar a arrecadação fiscal, basta ter pulso firme para levantar e divulgar quem esteja devendo e quanto para a Prefeitura. Constatadas as quantias por domicílio ou estabelecimento, propor o seu parcelamento. No caso de famílias de baixa renda, propomos, evidentemente, a anistia da dívida.

Por isso, temos que aprender a diferenciar tanto humilhação social quanto incompetência administrativa de sonegação proposital dos “ricos entre si”, para começarmos a falar sério. Nada disso é justificativa para a privatização da água, ou concessão de uso, ou terceirização, conforme, de momento, convém apelidar. A manobra vai injetar mais dinheiro nas contas dos ricos, seja através de presentes ou favores entre amigos – que, diante do Ministério Público, chama-se mensalão, ou mensalinho –, seja esquecendo as prioridades para o bem-estar da municipalidade, como asfalto, iluminação, cultura, segurança.

Nossa posição é clara. Não vamos deixar que transformem o orçamento público num gigantesco caixa-dois – sempre vazio para resolver nossas questões mais urgentes. Nada será oferecido sem, antes, ter a mão generosa da iniciativa privada alisando as arestas daquele conluio.

3.
Quanto às melhorias na rede de abastecimento de água e de saneamento, nossa proposta é: nem SABESP nem concessão para empresa terceirizada. Com uma parte dos R$ 7,9 milhões da CESP, reformar o sistema de saneamento básico. Ponto.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

ABAIXO-ASSINADO DO POVO PARA O POVO - EXECUTAR E LEGISLAR

ABAIXO-ASSINADO PARA PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR
QUE OBRIGA A REALIZAÇÃO DE PLEBISCITO
PARA HAVER QUALQUER MUDANÇA NO REGIME DOS SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

Nós, abaixo-assinados, eleitores e eleitoras de Castilho / SP, reivindicamos que todo e qualquer serviço municipal, seja o de abastecimento de água, seja o de saneamento básico, seja o de coleta de lixo, seja o de merenda escolar, seja o de transporte público etc., para ser criado, extinto, reformado (em termos físicos ou humanos) ou repassado a autarquia pública ou a concessão particular, deve, por força de lei de iniciativa popular, ser antes divulgado, detalhado e, em seguida, aprovado ou negado em Plebiscito. Igualmente, enquanto manifestação da vontade do povo e mecanismo legítimo e constitucional, reivindicamos que os Plebiscitos em Castilho tenham efeito vinculante e normativo às proposituras em questão.

O Plebiscito será convocado mediante decreto legislativo, por proposta de cinco por cento do eleitorado do município, conforme prevê a Constituição de 1988. É convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. A partir da aprovação de convocação do Plebiscito, o projeto legislativo ou medida administrativa não efetivada, cujas matérias constituam objeto da consulta popular, terá sustada sua tramitação, até que o resultado das urnas seja proclamado. O plebiscito convocado será considerado aprovado ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado homologado pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Castilho, ________ de ________________________ de 2010.

Nome Completo No. Título de Eleitor Zona e Sessão Assinatura
1.
2.
3.
4.
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8.
9.
10.
11.
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14.
15.
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17.
18.
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FÓRUM DA CIDADANIA DE CASTILHO – F.C.C.
ABRA – AMACASTILHO – AMST – CUT – ECONG – FERAESP – NALIP – NEPC – NLAR – NNY – NPEND – MST – SSPMC

Contra a Privatização da água em Castilho

FÓRUM DA CIDADANIA DE CASTILHO – F.C.C.
Construindo os Alicerces do Poder Popular!

Castilho/SP, fevereiro de 2010


CONQUISTAS E COMBATES – ATÉ AQUI # 2

CAIU A MÁSCARA: PREFEITO E SETE VEREADORES VENDEM NOSSA ÁGUA
E JOGAM A VONTADE DO POVO NO ESGOTO

> Na surdina, Antônio Carlos Ribeiro (PTB) enviou as propostas de privatização que a população tinha repudiado em Audiência Pública, em setembro de 2009. Mesmo assim, o Prefeito e seus assessores colocaram essa afronta em letra de lei. Ignoraram o resultado da enquête feita pela ECONG, na qual a cidade respondeu com um grande “não!” à essa medida desnecessária. E, na última segunda-feira, 1º de fevereiro de 2010, a Câmara aprovou às pressas os três projetos de lei que (1) terceirizam a água, sob licitação; (2) alteram as normas da prestação do serviço; e (3) cria a autarquia reguladora.

Os traidores: Jailton Pereira de Souza (DEM); Flávio José do Nascimento (DEM); Nelson [Cacete] Pereira (PSL); José Borges (PSC); Valdenir [Nico] Bispo dos Santos (PTB); Sandro [do CD] César Nogueira (PTB); Sebastião dos Reis [Tião Japonês] (PP). Essa traição tem preço?

Apenas o vereador Albecyr Pedro da Silva (PP) contrariou seu partido e ficou ao lado do povo. Votou contra a proposta. Bravo, Albecyr! O sr. Daniel Batista de Oliveira (PSL), que, enquanto presidente da Câmara, tinha poder de sobra e conhecimento acumulado de quatro mandatos como vereador, não suspendeu a votação – já que a população deveria estar ciente do que se decidia ali. Se até pra forró na Praça eles fazem plebiscito, por que não pra privatização da água, que é de interesse vital dos cidadãos? O sr. Daniel poderia, pelo menos, ter orientado qualquer um de seus colegas a pedir vistas sobre o projeto de lei. Mas não...

VAMOS REVERTER ISSO: MANIFESTAÇÃO E PROCESSO NELES!
> Povo castilhense, venha participar da manifestação na Câmara Municipal. Será o nosso pré-Carnaval! O povo unido jamais será vencido! O povo organizado jamais será pisado!

MANIFESTAÇAO POPULAR CONTRA A PRIVATIZAÇAO DA ÁGUA!
SEGUNDA-FEIRA, DIA 8 DE FEVEREIRO, ÀS 8H30 DA MANHÃ
EM FRENTE À CÂMARA MUNICIPAL – TRAGA SEU TÍTULO DE ELEITOR!

Vamos recolher assinaturas para alterar a Lei Orgânica do município a favor do povo! TRAGA O SEU TÍTULO DE ELEITOR! Vamos impedir que qualquer serviço municipal seja privatizado sem antes obter a aprovação, em plebiscito popular, da maioria dos munícipes!

E, sobretudo, vamos pressionar para que tenha efeito imediato o documento que protocolamos nesta quinta-feira, dia 4 de fevereiro, impedindo a privatização da água, encaminhado pelo Núcleo pela Ética na Política de Castilho (NEPC), do Fórum da Cidadania de Castilho (FCC), através do sr. Uederson. Queremos que seja anulado o ato da presidência da Câmara, que encaminhou pra votação os três projetos de lei privatizando a água (sem a devida publicidade anterior).

> Quanto às melhorias na rede de abastecimento de água e de saneamento, nossa proposta é: nem SABESP nem concessão para empresa terceirizada. Com uma parte dos R$ 7,9 milhões da CESP, reformar o sistema de saneamento básico. Ponto. Jogar a culpa naqueles que não conseguem pagar a água em dia é tão desastroso quanto o gerenciamento da água em Castilho. Afinal, se os inadimplentes fossem punidos, haveria alguma alteração na qualidade do atendimento?


RESPONDA RÁPIDO:
• Você paga as tarifas pra Prefeitura. Daí, ela contrata funcionários, constrói a rede de água, esgoto e caixas d’água. E, depois de tudo pronto, ela decide “dar” a estrutura construída com o seu dinheiro a uma empresa terceirizada, que já anunciou que vai arrancar ainda mais grana do seu bolso – isso é justo?
• Em Andradina, onde teve privatização, a tarifa diminuiu – ou aumentou em 70% ?
• Os concursados que trabalham no departamento de água e esgoto serão mesmo demitidos quando o departamento deixar de existir?
• E a empresa que vencerá a licitação? É mesmo a tal OAS (Brasília) – ou alguma de suas filiais?
• E se a terceirização da água for apenas o começo? O que virá depois? A coleta de lixo? Varreção? Terceirização da frota, como já ocorre na educação e na saúde? Ou... a merenda escolar?

E O ASFALTO DO NOVA IORQUE E DO LARANJEIRAS?
• Por que tem empresas tão interessadas em doar rejeito asfáltico pro Carnaval da Prefeitura, quer dizer, pra cobrir o “recinto de festas” da Estação ferroviária, mas são incapazes de fazer o mesmo pelos moradores do Nova York e do Laranjeiras?
• Por que os investimentos em merenda escolar foram cortados em 30%?
• Por que continua faltando remédios na farmácia municipal?
• Por que a prefeitura insiste em anunciar o Carnaval mais caro da história de Castilho, inclusive com a vinda de uma escola de samba e a contratação de um carnavalesco?
• Por que a imprensa berra estericamente que a prefeitura vai melhorar a vida do povo, mas se esquece de dizer que está ameaçando muitos deles com ações de despejo?

CALAR DIANTE DA INJUSTIÇA E DA CORRUPÇAO É CONSENTIR COM ELAS!



ABRA – AMACASTILHO – AMST – CUT – ECONG – FERAESP – MST – NALIP – NEPC – NLAR – NNY – NPEN – SSMPC